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Desenho Universal da Aprendizagem

Comentário Pessoal

O Desenho Universal da Aprendizagem assenta na premissa de que cada indivíduo é um ser único, com características próprias que o tornam diferente do outro, pelo que o processo de ensino-aprendizagem deve ir ao encontro das características de cada indivíduo e ser universal, permitindo que todos possam aprender. Contrariando o tipo de ensino dos últimos anos, inclusive da atualidade, o Desenho Universal da Aprendizagem sugere que se considerem os diversos canais de acesso à informação (visual, auditiva, etc), sendo este aspeto fulcral para a aprendizagem de pessoas com necessidades especiais, permitindo que seja considerado não só as suas dificuldades (limitações - áreas fortes) mas acima de tudo as suas capacidades (facilitadores pessoais - áreas fortes), proporcionando-se múltiplos canais de informação: aprendizagem centrada no indivíduo; sugere ainda que a aprendizagem seja adquirida, explorada e integrada pelo próprio individuo, isto é, ocorrendo de uma forma ativa, sendo o docente/técnico apenas um "intermediário" (coach) entre o objetivo (aprendizagem) e o indivíduo, sendo as estratégias, metodologia e procedimentos definidos pelo indivíduo. Acredito que o Desenho Universal da Aprendizagem só é possível quando se muda o paradigma da aprendizagem, dirigindo-a para o que realmente interessa que é que todos sejam capazes de aprender, em todas as idades, independentemente das suas condições de vida, da forma como mais os motiva. 

 

Relativamente ao questionário VARK: multimodal (VRK) learning preference. Recorro a todos os canais de informação para a minha aprendizagem. 

Sendo Terapeuta da Fala, em funções junto de crianças e jovens com necessidades especiais, algumas das premissas do Desenho Universal da Aprendizagem naturalmente são consideradas. Como tal, tentei traduzir uma sessão para a considerações propostas no Lesson Builder. 

Teoria das Inteligências Múltiplas

A Teoria das Inteligências Múltiplas, de Edward Gardner, defende que cada ser humano possuí vários tipos de inteligências, entre as quais: I. Linguística, I. Lógico-matemática, I. Musical, I. Espacial, I. Corporal-Cinestésica, I. Interpessoal, I. Intrapessoa, I. naturalista, caracterizando o indivíduo de uma forma holítica. Contrariamente ao conceito de inteligência único, traduzido pelo Q.I., esta teoria assume que não só aptidões relacionadas com o conhecimento académico são consideradas inteligência; de facto, podemos não ser tão bons do ponto de vista linguístico e lógico-matemático (relacionadas com os conhecimentos académicose com os testes de Q.I.) mas ser brilhantes do ponto de vista musical, espacial, corporal-cinestésica, interpessoal, intrapessoal e naturalista.

Esta teoria assume a máxima importante quando se trata de crianças e jovens com incapacidade... Na maioria das vezes, as avaliações intelectuais apenas traduzem as inteligências relacionadas com os conhecimentos académicos, não considerando as demais áreas. Alías, faz todo o sentido que se começe a descrever um pouco mais acerca da incapacidade, ou melhor ainda, acerca da capacidade (sendo que podemos ter uma criança com incapacidade ao n´ível lógico-matemático mas com alto nível de capacidade ao nível corporal-cinestésica). Mais importante ainda é que este tipo de teoria nos faça refletir na pessoa como um todo, que nos faça olhar para as diversas "esferas" da vida e que todas elas sejam consideradas aquando da nossa interação e intervenção com a criança e jovem. Devemos aproveitar os fundamentos desta teoria e delinear, cada vez mais, abordagens centradas nas caracteristicas das crianças e jovens, em função das suas inteligências e, acim de tudo, tirando o máximo benefício das suas "áreas fortes" em prol das suas "áreas fracas". É importante refletir acerca das implicações desta teoria na prática, junto de crianças e jovens com necessidades educativas especiais e ir tornando, gradualmente, a escola num local priviligiado para o desenvolvimento de todos os tipos de inteligência.

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